-INÉDITA: Renata Mizrahi – Dramaturga… Entrevista NECESSÁRIA.

O Blog/Site de Críticas Teatrais e

de Dança e Fachetti Produções

Apresenta:

O Blog/Site iniciou a temporada de Retrospectivas e INÉDITAS das inúmeras homenagens feitas aos artistas das artes cênicas em geral – teatro, dança, cinema, técnicos:

Operários das Artes – Documento Cultural.

Projeto: “Entrevistas NECESSÁRIAS”, inserido nesse Blog/Site de Críticas Teatrais e de Dança, no começo da pandemia, sendo uma homenagem em forma de Documento Cultural aos artistas de inúmeras áreas do universo artístico.

INÉDITA!!!

Documento Cultural –

Trajetória dos Operários Das Artes:

Entrevista NECESSÁRIA

RENATA MIZRAHI

Dramaturga; Roteirista; Diretora…

OPERÁRIA DAS ARTES:

Roteirista; Dramaturga e diretora.

No cinema ganhou prêmio de melhor roteiro no Festival de Triunfo pelo filme “Amores De Chumbo”, com direção de Tuca Siqueira – atualmente na Amazon e no Now.

É Autora do Longa “Os Sapos” que rodou em outubro de 2021, baseado na sua peça homônima – direção de Clara Linhart.

Esse filme ganhou prêmio de Melhor Filme no Júri Oficial e popular na categoria – WORK IN PROGRESS NO FAM – FESTIVAL AUDIOVISUAL MERCOSUL 2022.

Roteirista do Filme “Meus 4 Maridos” que rodou em outubro de 2021 com direção de Fred Mayrink.

É Autora do Telefilme “Maria” com direção de Iberê Carvalho que estreou em maio de 2023 na TV Globo Brasília e no Globoplay.

Autora do Curta “Bodas” que ganhou prêmio.

O curta “Bodas” ganhou Prêmio de melhor filme no primeiro Festival Internacional de La Gent Gran de Barcelona 2019.

Na TV escreveu a segunda temporada dos “Homens São de Marte…

Escreveu a segunda temporada da série “Matches” para Warner.

Formatou e escreveu “Tem Criança na Cozinha” – Gloob – que ganhou o prêmio “Comkids” e foi indicado ao Emmy Kids.

Entrando na Inédita Entrevista NECESSÁRIA com:

RENATA MIZRAHI

 

 

Francis Fachetti – RENATA MIZRAHI É SINÔNIMO DE POTÊNCIA NA ESCRITA.

Fazendo seu próprio “Raio X” quero começar te provocando no desnudando-se e revelando-se a esse documento cultural: Entrevista NECESSÁRIA.

Siceramente nos diga quem é:

– Renata Mizrahi hoje, nesse contexto que nos desfia, provoca e nos obriga a sermos “normais” na atual sandice que nos encontramos?

Renata Mizrahi – A gente precisa ser normal sendo Não normal. Acho que temos que sempre analisar o momento em que a gente vive e provocar a crítica sobre ele, e com isso acho que temos que ser não normais mas com cara de normais rsr.

Francis Fachetti – Conte para todos sobre o Longa-Metragem “Os Sapos”; esmiúce essa filmografia que ganhou prêmio de Melhor Filme no Júri Popular e Oficial na Categoria Work In Progress no FAM 2022 – Festival Audiovisual Mercosul. Vai estrear em 2024? Revele tudo sobre esse promissor trabalho.

Renata Mizrahi – Os sapos é um trabalho que eu amo e ainda não estreou no cinema.

É um projeto de um longa com uma equipe excepcional que eu tô muito apaixonada e quero muito ver nas telas e quero muito convidar as pessoas e segurar a minha ansiedade porque a gente tá passando por muitas adversidades.

Elevem da peça e a peça também para estrear não foi fácil, ela demorou sete anos para estrear e eu que banquei do meu bolso na primeira temporada.

Eu sinto que o filme também vai acontecer isso, quando ele estrear eu acho que ele vai ganhar o seu espaço.

Aprendi a segurar minha ansiedade porque tô animada, mas, sei que é um trabalho de formiguinha e uma produção de baixo orçamento, a Clara Linhart tá frente como produtora e diretora e a gente passa toda hora por alguma questão que temos que resolver.

Não é fácil fazer cinema no país, mas, a gente tá fazendo e logo logo quero poder convidar a todos.

 

Francis Fachetti – – Como foi essa experiência na EICTV – conceituada Escola Internacional de Cinema e TV? Fale para nós sobre essa instituição e o que amealhou pessoal e profissionalmente.

Renata Mizrahi – Poder estudar na EICTV fazendo um curso livre foi a melhor coisa que eu fiz na minha trajetória: primeiro porque estar em Cuba já é uma experiência riquíssima e importante de entender o nosso mundo;lidar com pessoas tão especiais e poder escrever no lugar propício onde conheci grandes amigos e amigas e além disso consegui realizar o curta que eu escrevi lá.

Ele foi produzido 10 anos depois e eu pude dirigir com a Vilma Melo no elenco. Se chamaAS MELHORES (ainda não estreou).

Então, só vitória em relação a essa escola, ao aprendizado, experiência.

 

 

Francis Fachetti – No cinema, onde obteve prêmios, gostaria que nos contasse sobre essas premiações e os filmes:

– “Amores De Chumbo”

Renata Mizrahi – O Amores de chumbo eu escrevi com a Tuca Siqueira que é a diretora e conhecina escola de Cuba.

Foi muito bonito essa premiação porque foi um roteiro trabalhado com muito cuidado e tiveram muitas versões.

Foi incrível esse reconhecimento e foi meu primeiro Longa nas telas do cinema.

O curta foi muito bonito e o reconhecimento também – porque foi um investimento pessoal meu e da diretora Alexia Maltner.

Convidamos o Othon Bastos e a Suzana. É um filme que fala da terceira idade e é super importante protagonistas da terceira idade.

 

Francis Fachetti – Fale sobre sua trajetória no audiovisual – Tv e Streming, e escolha dois trabalhos dessas áreas para destrinchar o que achar relevante.

Renata Mizrahi – É uma trajetória que segue, de vitórias e derrotas. Um trabalho que eu adorei ter feito foi – “Homens são de Marte a pra lá que eu vou 2” – (série) que aprendi muito.

 

Foi pra GNT e outro trabalho pro GNT foi o “Minha Estupidez” com a Fernanda Torres. Só teve uma temporada, mas eu achei muito rico essa experiência de trabalhar com ela.

“Tem Criança na Cozinha”é um projeto que eu formatei, participei desde a formatação e de todos os roteiroscom parceria de Clara Meireles e Cristiana Albuquerque.

Foram trabalhos que eu gosto muito de ter feito e tenho muito orgulho.

 

Francis Fachetti – Como Renata mizrahi coloca seu olhar em trabalhos infantis e infanto-juvenis; o que achaprimordial preservar nessas produções?

Renata Mizrahi – Em primeiro lugar o grande respeito que eu tenho com o conteúdo infanto-juvenilé o respeito que eu tenho com a lógica das crianças – onde não dá para subestimar e ao mesmo tempo entender até onde a gente devetrazer lúdicoe trazer música.

Eu acho que a gente tem que ter o maior cuidado com essa produção.

Precisamos engajar as crianças, provocar sempre uma reflexão sobre o momento em que a gente vive. Sem perder o humor, sem perder leveza.

Amo escrever para criança e são textos que sempre precisam ser atualizados porque o mundo muda muito rápido.

 

Francis Fachetti – Gostaria que discorresse a respeito de algumas produções:

– “De Onde Vem o Dinheiro”

Renata Mizrahi – “De onde vem o dinheiro” é um trabalho que foi encomendado pelo Wesley Teles e a Bruna Dornelas da WB Produções e fala sobre educação financeira na infância.

Teveuma temporada em São Paulo e vai vir para o Rio.

É um trabalho bom porque me fez pensar sobre a minha educação com meu filho – como eu lido com a educação financeira dele.

Tem música , humor e eu acho super útil para todos os pais e filhos.

 

Francis Fachetti – “Gabriel Só Quer Ser Ele Mesmo”:

Renata Mizrahi – Gabriel só quer ser ele mesmo eu escrevi quando meu filho fez um ano e eu vi que logo cedo, por ele ser menino, já estavam taxando ele de várias coisas: só pode usar azul, só pode brincar com carrinho ou não pode chorar .

Isso me assustou muito, então eu fiz uma pesquisa sobre a masculinidade tóxica e tive a ideia de fazer uma história em que um menino questiona por queele tem que ser educado de tal maneira se ele se sente de outra maneira?

Eu tenho muito amor por esse projeto, é um projeto que além de escrever, eu dirijo, fiz as músicas com o Marcelo Rezende.

E é uma peça que eu acho que ainda tem muito fôlego porque o tema não se esgota. É uma peça que eu vou estar sempre batalhando para ela não sair de cartaz.

 

Francis fachetti – “Coisas Que a Gente Não Vê”:

Renata Mizrahi – Coisas que a gente não vê – surgiu quando eu dava aula numa escola em Ipanema para crianças de classe alta, e eu via que havia sempre uma insatisfação – mesmo elas tendo tudo o que queriam.

E eu entendia que elas não tinham ou elas tinham pouco, o básico, que era o abraço.

Às vezes elas só queriam um abraço, só queriam afeto, isso naquela época, acho que hoje já mudou muito a maneira de lidar com as crianças; mas naquela época, isso era muito forte.

Eu tô falando de 2005, quando escrevi o texto. E isso me chamou atenção e eu quis escrever a história de uma menina que tem que expressar para os pais que ela não quer mais presente, ela quer afeto, carinho, abraço. E os pais não são vilões, eles entendem que eles não estavam vendo o principal, que não estavam sabendo lidar com a filha, e o abraço – afeto são tão simples.

Estão ao nosso alcance e às vezes a gente não vê. Por isso que é coisa que a gente não vê.

Francis Fachetti – “Joaquim e as Estrelas”

Renata Mizrahi – Joaquim e as estrelas é uma peça do meu coração porque fala sobre a conexão com a natureza.

Então eu sou apaixonada por esse projeto que estreou em 2010 e agora em 2024 estou tentando fazê-lo voltar na versão musical, porque acho que a gente tá mais ainda precisando se conectar, ou se reconectar com a natureza, com o céu, com as estrelas.

A peça na época que estreou foi um grande sucesso.

Foi meu primeiro prêmio no teatro e abriu muitas portas para mim.

 

Francis Fachetti – No teatro concentra trabalhos lindos que já assisti e fiz críticas teatrais. Deixa o público saber pelas suas palavras um pouco de cadaum desses espetáculos e o que cada um trouxe de novo para o circuito cultural.

 

Renata Mizrahi – “Silêncio”:

Silêncio! é sobre a minha família basicamente – eu me inspirei na minha família para criar esse jantar judaico a partir de uma pesquisa sobre judias polacas.Tenho muita saudade também de retomar, principalmente porque me conectou com a Suzana faini. Quero que ela volte em São Paulo, vou fazer de tudo para isso acontecer.  Foi muito bonito a vivência a todo o processo de Silêncio! e eu acho que o tema ainda continua importante.

 

 

– “Os Sapos”:

Os sapos é uma história que eu vivi e que sempre quis botar em cena.

Demorou 7 anos até que eu resolvi investir financeiramente.

É sobre dependência emocional e por isso eu acho que ela é atemporal e muita gente se identifica.

Não é uma história que passa pano, não é uma história fácil, ela termina de uma maneira difícil porque ela é muito realista, mas sempre também trazendo humor e leveza para que a crítica possa ser feita.Eu ainda quero voltar com Os Sapo também.

 

 

 

– Chica Da Silva – O Musical”

Chica da Silva foi um divisor de águas na minha vida e na minha maneira de olhar pra vida – porque eu tive que lidar diretamente com racismo que era um tema que ele não fazia parte da minha atmosfera, por eu ser uma mulher branca.

Me imbuí profundamentea partir de relatos e da Consultoria da Cristina Lopes, das conversas com a Vilma Melo.

Foi muito importante para o meu pensamento, para minha posição política enquanto dramaturga e foi muito difícil encontrar um caminho para essa peça porque o filme tava muito arraigado no inconsciente das pessoas e eu queria desconectar o filme e fazer uma peça com uma história mais real sobre a Chica – menos romântica, e foi muito bonito tive muito apoio do Gilberto Gavronski, do André Paes Leme que seria o primeiro diretor.

Fui muito respeitada no meu processo de escrita, isso foi muito bonito e tiveram muitos embates, muita choradeira também.

Uma peça que tenho muito orgulho porque foi o primeiro prêmio Shell para Vilma Melo, a primeira mulher negra a ganhar o prêmio.E isso faz parte da minha história também.

– “Mãe-De-Santo”:

“Mãe de santo já foi numa etapa em que eu já tinha escrito mais de quatro peças para Vilma.

Eu tinha que criar em cima do argumento da Helena Teodoro, tive o trabalho de entender como que aquilo poderia ser uma peça monólogo que tivesse uma potência dramatúrgica.E foi um lugar bonito de muito mais de escuta do que fala.

 

Francis Fachetti – Terminando com Chave de Diamante, coloque para nós suas considerações e esclarecimentos através de sua experiência na pluralidade dessas linguagens – Dramaturgia, séries, roteiro, cinema, tv.

O que essas escritas te ensinou e onde se senti mais confortável, realizada como profissional – dentre essas literaturas e exposições visuais.

Renata Mizrahi – Cada narrativa tem um aprendizado diferente, cada um tem seus desafios, cada um tem o seu trabalho, mas todos precisam de cuidado, todos precisam ter muito trabalho e não se apaixonar de cara pelo primeiro tratamento.

Isso eu penso muito porque tudo pode melhorar.

Eu amo escrever comédia romântica, amo escrever conteúdo para criança e eu amo o diálogo.

Minha escrita onde eu domino é a dramaturgia.

A dramaturgia que eu digo tanto para teatro quanto para o audiovisual que é a linguagem dramática, queé a linguagem para um ator, uma atriz fazer .

Euadoro literatura, mas, como meu trabalho exige muito tempo de pesquisa, leitura, eu queria poder ter mais tempo para me dedicar à literatura, mas um dia ainda vai acontecer tudo no seu tempo.

 

Francis Fachetti – Aproveite e termine divulgando novos projetos e trabalhos em todas essas áreas que Renata Mizrahi está presente.

A vedete do Brasil tá terminando a temporada no Copacabana Palace, mas volta dia 8 de Março em São Paulo no teatro Faap.

A peça 60 dias de neblina segue em cartaz no teatro Ecovila até fim de fevereiro e lá nesse teatro, no dia 17 de fevereiro, eu vou estar voltando com “Gabriel só quer ser ele mesmo” apenas 4 apresentações.

Adoraria que todo mundo pudesse ir assistir!

Por Francis Fachetti:

Simplesmente:

RENATA MIZRAHI

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